Origem
Originou-se da seleção de plantas individuais da cultivar 'Mundo Novo', sendo, portanto, um 'Mundo Novo' por origem. O nome Acaiá, em tupi-guarani, significa frutos com sementes grandes, o que caracteriza as cultivares deste grupo. É possível que as sementes maiores de Acaiá tenham provindo da cultivar Sumatra, que participou da origem de 'Mundo Novo'. Na progênie P 474 da ‘Mundo Novo’ foram obtidas plantas com sementes maiores, de peneira média, um ponto a mais que a de outras seleções da Mundo Novo. Verificou-se também que suas progênies S2 apresentavam sementes maiores do que as da 'Mundo Novo'. Os descendentes de prefixo IAC 474 deram origem às cultivares do grupo Acaiá, as quais começaram a ser distribuídas aos cafeicultores a partir de 1977. Nesta época havia apenas a cultivar Acaiá e suas linhagens. Em 1999, cada uma das linhagens da cultivar Acaiá foi registrada, individualmente, como uma nova cultivar no Registro Nacional de Cultivares (RNC).
Características
São cultivares rústicas e suscetíveis à ferrugem, mas apresentam boa produção de café beneficiado. A altura média das plantas adultas é de 4,2 m (4,1 a 4,4 m) e o diâmetro médio da copa, de 1,8 m (1,6 a 2,0 m), apresentando copa de formato mais fino que 'Mundo Novo' (Figura 26). A cor das folhas novas é, geralmente, bronze e os ramos secundários são menos abundantes do que na maioria das cultivares Mundo Novo. Os dois florescimentos principais ocorrem de setembro a outubro e a maturação dos frutos, de abril a julho, nas condições do estado de São Paulo. O número médio de dias desde a fertilização à maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, SP, é de 220 dias. O peso médio de 1.000 sementes do tipo chato alcança 140g, com variação de 135 a 144g. O valor da peneira média varia de 18 a 19 e o rendimento médio, isto é, a relação entre o peso de café maduro e o de beneficiado, é de 5,6. O rendimento, em porcentagem, é de 50% (relação entre o café beneficiado e o café em coco). A porcentagem média de sementes do tipo chato é de 80,6% (77,8% a 84,5%). A produção média da 'Acaiá' é de 30 sacas de café beneficiado por hectare, podendo variar de 25 a 35 sacas por hectare. Em plantios adensados e ou irrigados, conseguem se maiores produções (cerca de 60 sacas/ha), tendo a máxima alcançada, em experimentos, sido de 100 sacas/ha. A qualidade da bebida é muito boa. Por sua origem, a composição da cultivar Acaiá é cerca de 50% de 'Bourbon Vermelho' e 50% de 'Típica' ('Sumatra').
Recomendações de plantio
As cultivares do grupo Acaiá que foram registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em 1999 e se encontram em distribuição, têm os seguintes sufixos: IAC 474- 1, IAC 474-4, IAC 474-6, IAC 474-7, IAC 474-19, IAC 474-20. A cultivar Acaiá IAC 474-19 é a mais plantada entre os outros sufixos, principalmente, no Sul de Minas Gerais. As cultivares Acaiá têm boa capacidade de adaptação às regiões cafeeiras do Brasil e podem ser indicadas, principalmente quando se pretende utilizar colheita mecânica para obter sementes maiores. Elas são especialmente indicadas para o plantio adensado na linha, pois apresentam ramos laterais mais curtos e seus frutos são mais uniformes na maturação. Os espaçamentos 2,0-3,0m x 0,5m têm sido utilizados em plantios adensados e 3,6 - 4,0m x 0,5 - 0,7m, em plantios que permitem mecanização.
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
A cultivar Acauã Novo é oriunda da seleção de plantas da cultivar Acauã, a qual é resultado do cruzamento entre ‘Mundo Novo IAC 388-17’ e “Sarchimor” (IAC 1668) realizado por técnicos do IBC em 1975/76, no Paraná, registrada com a numeração IBC – PR 82010. Posteriormente em 1991 a planta 82010-5-3 foi manuseada na Fazenda Experimental de Caratinga, para ensaios. Após três safras, o experimento resultou na origem das plantas 365 e 363. Essas foram introduzidas em outros ensaios em Varginha, onde a planta cv 1, foi selecionada por apresentar características como: resistência ao M. exígua, imunidade a ferrugem, percentagem baixa de grão moca, brotação verde, alto vigor e produtividade. Dando origem assim, a cultivar Acauã Novo, que se encontra em F6, e pronta para plantios comerciais.
Características
A cultivar Acauã Novo apresenta formato de copa característicos dos Sarchimores, ou seja, a planta é baixa, com copa ligeiramente arredondada e compacta, em comparação ao Catuaí, ela apresenta ser mais baixa, larga e compacta. Possui ramificação secundaria abundante e alto grau de enfolhamento. Os frutos são vermelhos e as sementes de formato oblongo. Apresenta boa produtividade, percentagens de sementes tipo moca em níveis aceitáveis (10%). Em ensaios de comportamento, vem apresentando alta tolerância à seca, alta resistência à ferrugem do cafeeiro, uma bebida de boa qualidade e ciclo de maturação dos frutos médio a tardia.
Recomendações de plantio
É indicado para regiões com temperaturas amenas, ou sob irrigação, com espaçamento entre plantas de 0.5 a 0.7m. Os resultados de ensaios de pesquisas mostram seu bom desempenho no Sul de Minas e boa resposta a poda. Também pode ser utilizado na renovação de cafezais por apresentar resistência ao M. exigu.
Fonte: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/tecnologias/cultivares/775-2017-02-23-10-29-27
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
A cultivar Arara e uma hibridação natural entre Obatã e Catuaí Amarelo, selecionada no Paraná pelo Eng Agr Francisco Barbosa Lima, em 1988. Ao adquirir sementes de Obatã Vermelho do IAC, para uma produção de campo de semente, identificou duas plantas amarelas no meio das demais, com alto vigor, porte pouco mais alto, peneira altíssima, e apresentava resistência a ferrugem do cafeeiro. Propagou as sementes e iniciou-se a seleção em sua fazenda em Ibaiti – PR. No inicio da década de 2000 foram introduzidas duas seleções da cultivar na Fazenda Experimental de Varginha e no CEPEC, onde foram iniciados os primeiros testes. Nos ensaios de comportamento em diversas regiões do parque cafeeiro, a cultivar vem mostrando sua superioridade em produção, vigor e qualidade.
Características
A cultivar Arara apresenta formato de copa mais compacto e de maior diâmetro que os Sarchimores comuns, como por exemplo, o Tupi e Obatã. Possui ramificação secundaria abundante, grossa, bifurcada e alto grau de enfolhamento. Os frutos são amarelos e as sementes de formato oblongo. Apresenta alta produtividade, percentagens de sementes tipo moca em níveis baixíssimos (1%). Vem apresentando alta tolerância à seca, bebida de boa qualidade e ciclo de maturação dos frutos tardio, e altamente resistente à ferrugem do cafeeiro, segundo resultados dos ensaios de comportamento.
Fonte: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/tecnologias/cultivares/776-arara
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
Cultivares obtidas pelo cruzamento de 'Caturra Amarelo', prefixo IAC 476-11, com 'Mundo Novo' IAC 374-19. O híbrido resultante recebeu o prefixo IAC H2077. Na população F3 (IAC H2077-2-5), foram obtidos cafeeiros homozigotos para porte baixo e para frutos amarelos, mas com o desejado vigor da 'Mundo Novo'. Essa nova combinação foi denominada de Catuaí Amarelo, tendo como características principais o porte baixo (tipo Caturra) e frutos com exocarpo (casca) amarelo. A cultivar foi liberada, pelo Instituto Agronômico de Campinas, para fins comerciais, em 1972. Durante mais de 20 anos considerou-se que existia somente uma cultivar 'Catuaí Amarelo' e várias linhagens dentro desta cultivar, como, por exemplo, IAC 86, IAC 74 e IAC 62. Todavia, em 1999, devido às exigências da Lei de Proteção de Cultivares, cada uma das antigas linhagens foi registrada no Registro Nacional de Cultivares (RNC) como uma nova cultivar. Assim, atualmente usa-se o termo Catuaí Amarelo em referência a um grupo de cultivares e, por exemplo, Catuaí Amarelo IAC 62 e Catuaí Amarelo IAC 74, como cultivares e não mais como linhagens.
Características
São cultivares suscetíveis à ferrugem e aos nematóides. As plantas são vigorosas e apresentam altura média de 2 a 2,3m e diâmetro da copa de 1,8 a 2m. Em algumas regiões cafeeiras, essas dimensões são bem maiores, como é o caso de Patrocínio e de Coromandel, MG (Figura 3 A). O sistema radicular é vigoroso e, dependendo do tipo de solo, pode se distribuir em profundidades superiores a dois metros (Figura 3D), Os internódios da haste principal e dos ramos laterais são curtos e as ramificações secundárias e terciárias abundantes. As folhas novas são de cor verde-clara e as adultas são verde-escuras e brilhantes (Figura 3 C). As inflorescências são em número de 3 a 5 por axila foliar e o número de flores, por inflorescência, também de 3 a 5. Os florescimentos principais ocorrem nos meses de setembro e outubro, e a maturação dos frutos, de maio a julho. Em média, o período entre a fertilização e a maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, é de 230 dias. O peso médio do fruto maduro varia de 1,10 a 1,24g e o peso médio de 1.000 sementes, do tipo chato, de 112 a 125g. O valor da peneira média dos grãos do tipo chato varia de 16,5 a 16,7. A porcentagem de sementes normais, do tipo chato, é de 82,3% a 89,1%. O rendimento oscila em torno de 50%. A produção média de café beneficiado, por hectare, em espaçamentos normais, de 3,5 por 0,5m, em regiões com temperaturas mais elevadas, ou de 3,5 x 0,7-1m, em regiões mais amenas, pode ser de 30 a 40 sacas beneficiadas por hectares; produções bem maiores podem ser obtidas em anos de elevada produção e em espaçamentos menores. Em áreas irrigadas, no espaçamento de 3,80 x 0,50m, a produtividade média é de 60 sacas de café beneficiado por hectare. A qualidade da bebida é excelente e a participação da 'Bourbon Vermelho' é de 75%, o que explica a qualidade do produto.
Recomendações de plantio
As cultivares registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) em 1999 e mais recomendadas para plantio têm os sufixos: IAC 17, IAC 32, IAC 39, IAC 47, IAC 62, IAC 74, IAC 86 e IAC 100. A mais cultivada é a IAC 62. A cultivar IAC 66 está em fase de registro pelo IAC e também poderá ser recomendada. As cultivares do grupo Catuaí Amarelo vêm apresentando ampla capacidade de adaptação, sendo altas as produções na maioria das regiões cafeeiras onde são plantadas. Seu porte pequeno permite maior densidade de plantio e torna mais fácil a colheita e os tratos fitossanitários. São apropriadas para pequenos proprietários que possuem cafeicultura familiar. As indicações de espaçamentos adensados são semelhantes às descritas para 'Catuaí Vermelho'.
Fonte: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/tecnologias/cultivares/500-catuai-amarelo
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
Originou-se como produto de recombinação a partir de um cruzamento artificial entre cafeeiros selecionados, pela produtividade, das cultivares Caturra Amarelo, IAC 476-11 e Mundo Novo IAC 374-19, de C. arabica. A hibridação foi realizada em Campinas, em 1949 e o híbrido recebeu o prefixo IAC H 2077. Teve-se em vista transferir para a cultivar Mundo Novo o fator dominante Caturra (CtCt), o qual confere porte baixo, por meio da redução do comprimento dos internódios. Na população F3 (IAC H2077-2-5), homozigota, CtCt e heterozigota para os alelos Xcxc, responsáveis pela cor do exocarpo, selecionaram-se plantas com frutos de cor vermelha. Aos descendentes desses cafeeiros na geração F4 e gerações subsequentes, caracterizados por serem vigorosos e altamente produtivos, deu-se a denominação de Catuaí Vermelho. O termo Catuaí, em tupi-guarani, significa “muito bom”. A cultivar foi lançada para fins comerciais, em 1972, pelo IAC e registrada no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em 1999.
Características
Estas cultivares são suscetíveis à ferrugem e aos nematóides, mas possuem elevado vigor. A altura das plantas pode atingir 2 a 2,4m, em média e o diâmetro da copa, de 1,7 a 2,1m. Em algumas regiões cafeeiras, como em Patrocínio, MG, essas dimensões podem ser bem maiores. Os internódios são curtos e a ramificação secundária é abundante. O sistema radicular é bem desenvolvido. As folhas novas são de cor verde-clara e as adultas, verde-escuro brilhante. As inflorescências ocorrem em número de 3 a 5 por axila foliar, com três a cinco flores por inflorescência. Usualmente, os dois florescimentos principais ocorrem nos meses de setembro e outubro, e a maturação dos frutos é dos meses de maio a Junho. O número médio de dias desde a fertilização à maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, SP, é de 230 dias. O peso médio do fruto varia de 1,10 a 1,24g e o peso médio de 1.000 sementes do tipo chato, de 102 a 123g. O valor da peneira média é 6,5. A porcentagem de sementes normais, do tipo chato, oscila de 82,3% a 89, 1%. O rendimento é em torno de 50%. A produção média de café beneficiado, em espaçamentos normais, varia de 1.800 a 2.400kg por ha. Produções de até 6.000kg podem ser obtidas em anos de elevada produção e em espaçamentos menores. Em plantios adensados ou superadensados, a produtividade anual pode alcançar, em média, até 3.000kg. Em áreas irrigadas e no espaçamento de 3,8m x 0,5m, como ocorre em Barreiras, BA, a produtividade média chega a ser de 3.600kg/ha. A qualidade da bebida é excelente. A participação da cultivar Bourbon Vermelho em sua formação é de 75%. A uniformidade de uma lavoura de 'Catuaí Vermelho IAC 144' cultivada sob pivô central, está ilustrada na Figura 4.
Recomendações de plantio
As cultivares registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) em 1999 e mais recomendadas para plantio têm os sufixos IAC 15, IAC 24, IAC 44, IAC 51, IAC 72, IAC 81, IAC 99 e IAC 144. Estas cultivares vêm apresentando ampla capacidade de adaptação, sendo boas as produções na maioria das regiões cafeeiras onde estão sendo plantadas. Em razão do pequeno porte, permitem maior densidade de plantio, tornando a colheita mais econômica e facilitando os tratos fitossanitários. Os espaçamentos indicados variam de 2 a 3,5m entre linhas e de 0,5 a 0,6m entre plantas, com uma planta por cova, nas regiões mais quentes e, nas regiões frias, de 2 a 3,5m x 0,7 a 1,0m entre plantas. Atualmente, nos espaçamentos adensados, têm-se utilizado 2 x 0,5-0,6m; 2,5 x 0,5-0,6m; 2,8 x 0,5-0,6m e 3,0 x 0,5-0,6m, obtendo-se, assim, produções anuais elevadíssimas, em torno de 60 a 80 sacas de café beneficiado por hectare.
Fonte: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/tecnologias/cultivares/501-catuai-vermelho
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
O desenvolvimento das cultivares do grupo Catucaí foi iniciado com o aproveitamento de um cruzamento natural entre 'Icatu' e 'Catuaí', ocorrido nos experimentos do ex IBC, em São José do Vale do Rio Preto, RJ. A primeira seleção foi efetuada em 1988, por pesquisadores do então Instituto Brasileiro do Café, IBC, numa população de cafeeiros da cultivar Icatu Vermelho, cujas sementes eram provenientes de Londrina e que tinham sido plantadas no município de São José do Vale do Rio Preto, RJ. Progênies (F3) dessas seleções foram plantadas e selecionadas na Fazenda Experimental de Varginha, MG, pertencente ao MAPA/Fundação Procafé. Usando-se o método genealógico de melhoramento, as gerações posteriores foram selecionadas nos municípios de Varginha, Elói Mendes, Manhuaçu, Coromandel e Patrocínio, em Minas Gerais; Vitória da Conquista, na Bahia e Marechal Floriano, no Espírito Santo, visando sempre selecionar plantas bastante produtivas, com elevados vigor vegetativo e resistentes à ferrugem-do-cafeeiro. Este programa de melhoramento deu origem a cultivares de frutos amarelos e de frutos vermelhos, atualmente em geração F6, as quais foram denominadas de Catucaí, uma combinação das palavras Icatu e Catuaí.
Características
Em geral, as cultivares do grupo Catucaí apresentam resistência moderada à ferrugem-do-cafeeiro, o que significa que as plantas podem ser infectadas, mas os danos causados, geralmente, são pequenos, não havendo grande queda de folhas. Além disso, a ferrugem pode ser facilmente controlada por meio de pulverização com fungicidas à base de cobre, triazóis, estrobirulinas ou pela combinação desses produtos. De modo geral, as cultivares do grupo Catucaí apresentam boa capacidade de rebrota, elevado vigor vegetativo e alta produtividade. Todas as cultivares apresentam bebida de boa qualidade, semelhante à da cultivar Catuaí. A seguir são apresentadas características particulares de algumas cultivares:
Catucaí Amarelo 2SL: porte baixo a médio, crescimento vegetativo vigoroso, frutos amarelos de maturação média e sementes de tamanho médio (Figura 5D). Em condições de campo, tem-se observado que é menos infectada por Phoma que outras cultivares do grupo e que as cultivares Catuaí, Bourbon Amarelo e Mundo Novo;
Catucaí Amarelo 20/15 cv 479: porte baixo, crescimento vigoroso, plantas bastante uniformes, frutos amarelos, maturação média e sementes de tamanho médio. Assim como a 2SL, a 20/15 cv 479 também é menos atacada por Phoma que outras cultivares comerciais;
Catucaí Amarelo 24/137: porte baixo, plantas uniformes, frutos amarelos, maturação média e sementes de tamanho médio. Bastante atacada por ferrugem em anos de carga alta;
Catucaí Amarelo 6/30: porte baixo, plantas uniformes, frutos amarelos, maturação média e sementes de tamanho médio;
Catucaí Vermelho 24/137 cv 476: porte baixo, plantas uniformes, frutos vermelhos, maturação média e sementes de tamanho médio. Bastante atacada por ferrugem em anos de carga alta;
Catucaí Vermelho 785-15: é a única cultivar do grupo Catucaí proveniente de cruzamento entre Icatu Vermelho 785 e Catuaí Vermelho, realizado em Caratinga, MG, com o objetivo de se obter uma cultivar de porte baixo com resistência a M. exígua. É de porte baixo, plantas uniformes, folhas com bordas bastante onduladas e folhas novas de cor bronze (Figura 5 A), frutos vermelhos e sementes de tamanho médio. É a cultivar deste grupo que apresenta maior precocidade de maturação de frutos, sendo classificada como muito precoce. Os frutos ficam em ponto de colheita 30 a 40 dias antes das cultivares de maturação média. Além disso, apresenta também boa uniformidade de maturação. Todavia, é pouco resistente à falta de água e apresenta baixo vigor vegetativo. É recomendada para espaçamentos mais adensados, para áreas irrigadas e para regiões de altitude mais elevada visando à colheita mais precoce;
Catucaí Vermelho 36/6 cv 366: também denominada de Azulão. Apresenta porte baixo, ligeiramente superior ao da ‘Catuaí’, frutos vermelhos, maturação média, sementes de tamanho pequeno a médio, brotos bronze, elevado vigor vegetativo e boa produtividade. A 'Azulão' destaca-se das demais cultivares do grupo Catucaí por apresentar alta resistência à ferrugem e boa tolerância a déficit hídrico. O nome Azulão deve-se a sua folhagem verde-escura, azulada, durante todo o ano. Indicada para regiões sujeitas a déficits hídricos moderados;
Catucaí Vermelho 36/6 cv 365 e cv 470: apresentam porte baixo, frutos vermelhos, maturação média, sementes pequenas e elevado vigor vegetativo.
Recomendações de plantio
São indicadas para plantios em espaçamento com 0,70 a 0,80m entre plantas na linha e para plantio largo ou adensado. Encontram-se bem adaptadas nas regiões Sul e Zona da Mata de Minas Gerais. É recomendável o controle da ferrugem com fungicidas cúpricos em anos de carga baixa e com a combinação de triazóis e estrobirulinas em anos de carga alta.
Fonte: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/tecnologias/cultivares/505-catucai
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
Corresponde a uma recombinação resultante de um cruzamento natural entre as cultivares Sumatra e Bourbon Vermelho, encontrada no município paulista de Mineiros do Tietê. Sementes de um desses cafeeiros foram plantadas no município de Mundo Novo, hoje Urupês ,SP, onde foram selecionadas as plantas matrizes que deram origem à cultivar Mundo Novo. Realizaram-se, nessa localidade, entre os anos de 1943 a 1952, seleções de várias plantas matrizes e, posteriormente, seleções entre e dentro das progênies, procurando-se eliminar vários dos defeitos observados na população. Progênies selecionadas, então denominadas Mundo Novo, foram multiplicadas para serem distribuídas aos lavradores a partir de 1952. Novas seleções foram liberadas pelo IAC a partir de 1977. Em experimentos conduzidos em Campinas, Jaú e Mococa, verificou-se que as melhores progênies de 'Mundo Novo' chegaram a produzir 80% a mais do que o material original, sem seleção; 50% a mais do que as melhores seleções de 'Bourbon Amarelo'; 95% a mais do que as melhores seleções de 'Bourbon Vermelho' e 240% a mais do que as progênies de 'Típica'. Em 1999, cada uma das antigas linhagens da cultivar Mundo Novo, como, por exemplo, 479/19 e 476/4, foram registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) como sendo uma nova cultivar, passando a ser denominada de 'Mundo Novo 479-19' e 'Mundo Novo 476-4', respectivamente.
Características
São suscetíveis à ferrugem, porém, caracterizam-se por elevada produção de café beneficiado, aliada a ótimo aspecto vegetativo. As plantas adultas, com 12 a 14 anos, podem alcançar altura média de 3,4 m (3 a 3,8m) (Figura 32) e diâmetro da copa médio, a 0,5 m do solo, de 2,0 m (1,4 a 2,7 m). O sistema radicular é bem desenvolvido. A cor dos brotos novos é verde clara ou bronze; os ramos secundários são abundantes e os internódios menores do que os da cultivar Típica, de C. arabica. Os dois florescimentos principais ocorrem de setembro a outubro, nas condições do estado de São Paulo e a maturação se estende de abril a julho, de acordo com os diferentes locais. Em média, o período entre a fertilização e a maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, é de 224 dias. O peso do fruto maduro é, em média, de 1,2g, e o peso médio de 1.000 sementes do tipo chato é de 127,8g (116 a 149g). O valor da peneira média, indicadora do tamanho da semente, é 17,2 (16,1 a 18,1). A relação entre o peso de café maduro e o de beneficiado é, em média, de 5,6 (5,4 a 6,2), e o rendimento, em porcentagem de aproximadamente 50% (café beneficiado em relação ao café em coco). A porcentagem de sementes do tipo chato é, em média, de 84,9% (75,2% a 91,4%). Em condições experimentais, a produção média anual de café beneficiado, incluindo as primeiras produções após o plantio, tem alcançado a média de 30 sacas de café beneficiado por hectare, oscilando entre 25 e 35 sacas/ha. Em plantios adensados na linha, podem conseguir, nas quatro primeiras colheitas, maiores produções, valores que variam de acordo com o espaçamento utilizado. Em áreas irrigadas, a produtividade pode alcançar, em média, 60 sacas/ha. Em anos de elevada produção, pode atingir até 100 sacas/ha de café beneficiado. A quantidade de óleo nas sementes é, em média, de 14,3%; a de cafeína, de 1,3% e a de sólidos solúveis, de 28,6%. A qualidade de bebida da cultivar Mundo Novo é excelente. Em sua formação, há cerca de 50% de 'Bourbon Vermelho' e 50% de 'Típica', o que promove a qualidade do produto.
Recomendações de plantio
As cultivares do grupo Mundo Novo atualmente registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) e indicadas para plantio são designadas pelos sufixos: IAC 376-4, IAC 379-19, IAC 382-14, IAC 388-17, IAC 388-17-1, IAC 388-6, IAC 464-12, IAC 515-5, IAC 515-20, IAC 501-5, IAC 502-1, IAC 467-11e IAC 480-6. A cultivar Mundo Novo IAC 502-9 e os híbridos entre cafeeiros selecionados de 'Mundo Novo' IAC H 2897 e IAC H 2931 estão também indicados para o plantio. As cultivares de sufixo IAC 388-6, IAC 388-17 e IAC 388-17-1 têm ramos laterais mais longos (maior diâmetro da copa). Tem-se verificado ampla capacidade de adaptação nas cultivares Mundo Novo, obtendo boas produções em quase todas as regiões cafeeiras do Brasil com clima apropriado para a espécie C. arabica. Estas cultivares não são apropriadas para plantios adensados, mas podem também ser utilizadas nesse sistema de cultivo. Neste caso, o espaçamento deverá ser um pouco maior que o normalmente utilizado, devido ao seu grande vigor vegetativo. São também especialmente indicadas para os sistemas em que se utiliza poda, seja recepa ou decote, para reduzir a altura, devido à ótima capacidade de rebrota. As cultivares de sufixo IAC 376-4, IAC 379-19, IAC 464-12 e IAC 515-20 são as que melhor se adaptam ao sistema de plantio adensado-mecanizável, caso o cafeicultor opte por esse sistema de plantio. Os espaçamentos, neste caso, não deverão ser menores que 2,8 - 3,5m x 0,6 - 0,7m. Em geral, são indicadas preferencialmente para espaçamentos largos, utilizando-se entre linhas 3,8 - 4m e 0,8 - 1m dentro da linha, com uma planta na cova.
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )
Origem
A cultivar Topázio é oriunda do cruzamento entre as cultivares Catuaí Amarelo e Mundo Novo, realizado por técnicos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), na década de 1960. Posteriormente, com a introdução desse material em Minas Gerais, pelo Sistema Estadual de Pesquisa Agropecuária (EPAMIG-UFLA-UFV), a seleção foi intensificada, culminando com a liberação da cultivar Topazio MG-1190 para plantio comercial.
Características
A cultivar Topázio selecionada e lançada em Minas Gerais e possui porte baixo, como o das cultivares Catuaí, com altura por volta de 2m e diâmetro médio de copa de 1,8m, aos sete anos. Tem excelente produtividade e elevado vigor vegetativo, não exibindo depauperamento precoce depois de elevadas produções. O número de ramificações secundárias é abundante. A angulação dos ramos produtivos é pouco mais aberta que a das cultivares Catuaí, o que permite maior aeração e insolação no interior da planta. A maturação de frutos é intermediária às cultivares Catuaí e Mundo Novo em época e uniformidade. Os frutos são de coloração amarela e as folhas, quando novas, são, predominantemente, de cor bronze-escuro (Figura 23), marcador genético que as difere das cultivares Catuaí que apresentam brotos verdes.
Recomendações de plantio
É indicada para as principais regiões cafeeiras de Minas Gerais, já que vem apresentando boa adaptabilidade e estabilidade de produção nos diferentes ambientes, inclusive na cafeicultura irrigada, onde se tem mostrado bastante produtiva e com menor bienalidade de produção. Seu cultivo tem sido indicado tanto para o sistema adensado quanto para o convencional, desde que respeitado o espaçamento entre plantas de 0,70 a 0,80m, visando explorar a maturação mais uniforme dos frutos. Analogamente ao que foi comentado para a cultivar Rubi, nas regiões com altitude acima de 1.200m, deve-se utilizar espaçamento entre plantas de 0,80cm, uma vez que, em espaçamentos menores, a maturação dos frutos tem se mostrado desuniforme e tardia.
Crédito das imagens: Fundação Procafé ( https://www.fundacaoprocafe.com.br/cultivares )